Cantinho de Prosa

A bem dizer, chamo-me Paulo Sérgio ou Paulinho como gostam de chamar meus amigos. Resolvi criar esse cantinho para prosar as coisas e pessoas desse mundo. Quem sabe não começamos uma conversa?

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Location: Araraquara, São Paulo, Brazil

Nascido em Campos dos Goytacazes-RJ e residente em Araraquara-SP. Sociólogo e Mestre em Políticas Sociais (UENF). Doutorando em Sociologia (UNESP).

Thursday, August 03, 2006

Abaixo ao intelectualismo mistificador

“A erudição gratuita é uma enfermidade da inteligência, por converter a mais fecunda das criações humanas – o saber – num culto de tradições de outras sociedades ou de tempos passados, conduzindo ao desinteresse pelos problemas do tempo em que se vive e ao desprezo pela sociedade de que se participa”. (Darcy Ribeiro)

Wednesday, August 02, 2006

"Para que servem os relatos" (texto de autoria de Luiz Eduardo Soares)

Nunca escrevi um livro que mexesse tanto comigo mesmo e com os leitores quanto o Cabeça de Porco. E também nunca experimentei uma parceria que funcionasse de modo tão natural e complementar, apesar das diferenças e graças a elas, quanto esta que se realizou no Cabeça, com Celso Athayde e MV Bill. Os três autores recebemos mensagens dos leitores mais diversos e distantes, muitas delas emocionantes. Todos que nos mandam e-mails ou participam de comunidades no Orkut dizem que se comoveram lendo o livro e que as idéias expostas no Cabeça ajudaram a formar suas convicções, seja por terem mudado suas antigas opiniões, seja por as terem confirmado. Em uma palavra, o retorno que recebemos tem sido muito positivo: o livro mobiliza e faz pensar. Mais ainda: estimula a ação. Muita gente nos escreve: “Puxa, quero fazer alguma coisa. Não dá pra ficar parado, de braços cruzados. Como posso colaborar?” No Orkut, a comunidade do Cabeça já tem mais de duas mil pessoas. E essa tribo continua crescendo.O livro é composto por relatos e reflexões. O resultado demonstra que essa combinação funciona e revela o potencial político que há na narrativa de uma história, no testemunho sobre a experiência de uma pessoa, um ser humano de carne e osso, com nome, idade, cor, gênero, sensibilidade, valores, amor e ódio, erros e acertos. O mesmo vale para o belíssimo Falcão, a obra mais recente de Celso e Bill.Uma pergunta útil para quem se interessa por política e literatura, cinema e teatro, é a seguinte: por que narrar é importante e produz resultados interessantes? Antes de responder, proponho uma reflexão. Stalin, o famigerado ditador soviético, certa vez declarou que “a morte de milhões de pessoas é um acidente demográfico; a morte de um indivíduo é uma tragédia”. Ele sabia do que estava falando. Por experiência própria. Matou milhões para passar à história como estadista, em vez de assassino... O fato é que, na opinião pública, as emoções estão diretamente relacionadas à individualização. Ou seja, só há empatia com pessoas, não com números. Por isso, o relato de histórias individuais pode ser uma fonte fértil para a extensão de uma rede de identificação e empatia, que se traduz na difusão do sentimento de solidariedade. Estabelecer laços de empatia –que não se confunde com piedade- significa humanizar o outro, e a humanização é o primeiro passo para superar preconceitos. Superar preconceitos, por sua vez, é o primeiro passo na difícil substituição da violência pela comunicação. Como escrevemos no Cabeça de Porco, quando nos referimos aos jovens envolvidos com a violência: debaixo da máscara de monstro, há um ser humano. Se não tivermos humildade para vê-los assim e escutá-los, antes de julgá-los, estaremos condenados a reproduzir o ciclo vicioso da exclusão e da barbárie. Para lutar contra preconceitos, suspender as máscaras e acabar com os rótulos, nada como contar as histórias de homens e mulheres, crianças e adolescentes, gente como nós, que foi vítima antes de se tornar algoz. Somente assim, compreenderemos que os problemas são nossos. Ninguém pode lavar as mãos. A responsabilidade é de cada um de nós.
Luiz Eduardo Soares é antropólogo e professor da UERJ e da UCAM e autor, com MV Bill e Celso Athayde, de Cabeça de Porco , editora Objetiva
Fonte: Pronto! (revista online). Endereço: http://www.revistapronto.com.br/

"Blogsfera"

Fonte: Revista Época (online)
"O rádio e a televisão definiram a cara do século XX. Primeiro no rádio, depois na TV, surgiram os campeões de audiência que marcaram a cultura de massa no século passado. Foram o rádio e a TV que projetaram as celebridades e revolucionaram nossos costumes, ao apresentar temas sensíveis como divórcio, aborto, sexualidade ou racismo. Rádio e TV também serviram de meio para que políticos de todos os matizes se tornassem conhecidos, transmitissem suas mensagens e exercessem o poder de modo eficaz sobre bilhões de seres humanos. Rádio e TV deram origem a uma indústria pujante, geraram fortunas e transformaram a economia por meio da publicidade e do marketing. O século passado pode ser, sem exagero, chamado de Era do Rádio e da TV. E o século XXI?"
Para ver o texto completo dessa reportagem acesse http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG74912-5990-428,00.html

Tuesday, August 01, 2006

Lista dos "sanguessugas"

Para ver a lista dos parlamentares investigados no escândalo da "fraude das ambulâncias" basta consultar http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/listadeparlamentares.asp.